Aprendendo a explorar o meio ambiente (continuação)

Recursos renováveis x não renováveis

Há muito tempo o homem percebeu que poderia recorrer à natureza para resolver seus problemas de fome, frio e proteção. Assim, no decorrer da história, desenvolveu mecanismos para melhor utilizar os recursos nela encontrados. As técnicas de plantio, colheita, extração e transformação dos recursos naturais foram aprimoradas cada vez mais.

As madeiras, as plantas produtoras de fibras, os vegetais usados na alimentação, a água, etc. são recursos renováveis, ou seja, que podem ser repostos continuamente. Outros, porém, existem em quantidades finitas e necessitam de um tempo para serem formadas novamente, como o carvão mineral, o petróleo e os minérios.

O carvão mineral originou-se há milhões de anos, de restos de vegetais que foram se acumulando em lugares com pouco oxigênio, como o fundo de lagos e pântanos. É usado como matéria-prima na fabricação do aço e em processos especiais de combustão.

O petróleo formou-se a partir de minúsculos animais e vegetais aquáticos misturados a sedimentos que foram se depositando no fundo dos mares. As substâncias que compunham seus corpos foram lentamente transformadas, num processo desenvolvido durante milhões de anos. A energia contida nesses seres não foi perdida durante a transformação e o petróleo resultante é, por isso, um material com alto potencial energético. Dele se extraem vários subprodutos, como gasolina, querosene, graxa, parafina, asfalto e gás combustível. Pode também ser utilizado na fabricação de produtos como o plástico e as fibras sintéticas.

Os minérios são encontrados em depósitos naturais ou jazidas, nos mais variados ambientes da Terra. Através de técnicas especiais, são extraídos e empregados como matéria-prima em processos industriais, agrícolas e artesanais.

Preservando o Ambiente

Algumas áreas, importantes pela diversidade de seus componentes ou pela fragilidade de seu equilíbrio, devem ser mantidas intocadas ou com o mínimo de interferência. Funcionando como reservas de animais e vegetais, elas devem servir à pesquisa e aos estudos ecológicos. Dessa forma o homem pode aumentar seus conhecimentos a respeito dos ambientes. Outras áreas, já alteradas pelo uso intensivo e mal orientado, podem ser recuperadas por processos de repovoamento e de medidas eficientes de utilização, servindo como locais de produção, de lazer ou mesmo de estudo e pesquisa.

Na maioria dos países, inclusive o Brasil, a preocupação com a preservação e com a recuperação de áreas tem levado à criação de parques, reservas, estações ecológicas e áreas de proteção ambiental, sujeitos a regulamentos e administração especiais. Isso revela já algum interesse pela conservação do meio e constitui uma oportunidade para a população observar e estudar os fenômenos ambientais. Conhecendo os processos que ocorrem na natureza, os indivíduos podem mudar seu comportamento e procurar formas mais adequadas de atuar sobre ela. A participação popular também tem sido responsável por denúncias de irregularidades e pela exigência da aplicação de medidas efetivas de proteção ambiental.

Muitos desastres ecológicos e grandes prejuízos econômicos poderiam ser evitados se houvesse pesquisa e acompanhamento adequados durante a execução de projetos. A divulgação de notícias sobre questões ambientais e o aparecimento de publicações especializadas vêm aumentando, graças ao interesse e à receptividade da população.

A responsabilidade pela preservação do ambiente e da qualidade de vida não pode ser deixada apenas ao encargo de governos e especialistas, mas tem de ser assumida por todos aqueles que ainda acreditam na capacidade de o homem encontrar soluções para seus problemas. Por meio da pesquisa, da troca de informações, discussões e reflexão, o homem formará uma nova mentalidade; será, então, capaz de trabalhar efetivamente na busca de soluções para os problemas atuais e de medidas preventivas para o futuro.

    

Como referenciar: "Recursos renováveis x não renováveis" em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2024. Consultado em 28/04/2024 às 22:45. Disponível na Internet em http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Ambiente/content4.php